23 janeiro, 2011

Numa noite fria como esta...


Quero o teu abraço, o teu beijo, o teu fogo
Queima-me por fora, arrebata-me o coração, fica comigo
Deita-te em mim e deixa-te ficar
Descansa os teus olhos sobre mim
E eu não te deixo arrefecido, não te deixo desprotegido, não te deixo esquecido...

Não te deixo...

De madrugada...



Tacteei os sinais da tua ausência...

e deixei-me dormir com o teu cheiro entranhado nos lençóis...

22 janeiro, 2011

24h/dia...7 dias/semana...28/29/30/31 dias por mês...365/366 dias por ano...

Revivo as noites que podemos ter
O momento que entramos em casa depois de trabalharmos
O beijo, as carícias, os fluidos trocados nos intervalos da nossa função
Os momentos antes de cruzarmos a porta de nossa casa, intenso, agarras-me num movimento seco e rápido
Colas-te a mim, beijas-me a boca com todos os teus lábios, engoles-me
Eu, mordo-te carinhosa e lascivamente o lábio inferior

Os teus olhos cansados, os seus contornos, as rugas
A textura da tua pele
Apesar dos anos que contam uma estória de vida, reflectidos nos teus traços
Comparados com a minha inexperiência, tornam-te excitante

Despida contigo no nosso quarto
O suor dos nossos corpos
Penetras-me a alma, na sofreguidão de movimentos que perpetuas em mim

Enlouqueces-me, ardo no vulcão que abraço
Enlaço-te pela cintura, as pernas envoltas em ti
Engulo-te, gulosa e sedenta de ti
Beija-me o peito, morde-me, chupa-me, esfrega-te em mim

Mais força, intenso, não pares...
Agarra-me pelo cabelo, conduz a minha boca ao teu peito, a minha língua aos teus mamilos
Deixa-me em cima de ti, quero tirar-te o último fôlego, quero ver-te suar
Quero...tirar-te as forças, o ar, acabar com o batimento do teu coração, ver-te molhado e satisfeito...

Faz-me tua, só tua...

21 janeiro, 2011

Sonhos recorrentes...

As vezes que te imaginei nu na minha cama
com a cabeça descansada sobre o meu ventre
passo-te a mão pelo cabelo
Olho-te enquanto olhas para o tecto
no vazio lívido, os teus olhos fixam-se no ponto infinito
mas eu só te vejo a ti
jeito desinteressado o teu

Como te digo isto?

18 janeiro, 2011

O que se diz dela...

Ela é isto...é aquilo...
Pensa que é isto...que é aquilo...
Pode isto...pode aquilo...

Não precisa disto...nem daquilo...nem deles...nem de si...

Que afasta todos os que de si se tentam aproximar...

Mas e eles? O que fizeram, que vontade tinham de se aproximar...

Ela viveu, sempre desde que se conhece, como material orgânico e inorgânico com arcos reflexos e tecido cardíaco, só...não se imagina com mais ninguém que si própria...